Estas são algumas das actividades que há algumas décadas eram bastante comuns, mas que com a industrialização se tem vindo a perder. Não obstante o seu valor permanece imutável, sendo estas técnicas e os princípios subjacentes às mesmas a base de toda a sociedade industrializada. O praticante de bushcraft não se propõe a reinventar a roda, apenas a saber como funciona, como a pode fazer, e como a pode utilizar para resolver problemas. Toda a base da evolução humana, e no fundo da própria sobrevivência depende de uma só coisa: capacidade de adaptação. Torna-se necessário olhar para um objecto, um pedaço de madeira, barro, couro ou pedra e não ver aquilo que o objecto é, mas aquilo que o objecto pode ser.
O bushcraft distingue-se de várias outras actividades, até da própria "sobrevivência" como é vista pelo grande público no sentido em que vai para além do "sobreviver a algo" num curto espaço de tempo, estando mais próximo do "viver depois de algo" numa perspectiva de mais longo prazo. Daí a importância de algumas preocupações, como conhecer os recursos de cada região, as épocas de produção de cada planta, os animais de cada zona, etc. A grande riqueza e mais-valia de prática de todas estas artes, com a inclusão de técnicas de primeiros socorros, etc, é o conhecimento do mundo e de nós próprios que nos torna mais capazes e confiantes de ultrapassar os problemas, quer no quotidiano quer em situações extremas, conhecimento esse que se espera que se um dia vier a ser preciso, e nunca saberemos quando o será, nos possa ser útil a nós e a quem de nós puder precisar na altura."
Um bem aja,
Man in the Wild.
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