Filosofia da Sobrevivência

Sobreviver depende em primeiro lugar da nossa própria vontade. Em segundo lugar, e para que esta experiência não seja demasiada traumatizante, é necessário possuir alguns conhecimentos básicos.

Existe dois tipos de indivíduos que frequentam o campo por prazer. O primeiros é o que se pensa conhecer a natureza porque frequenta os bosques para caçar, pescar ou acampar. Este ficaria desapontado se tivesse de praticar estas actividades sem o seu material. Para ele, perder-se só acontece aos outros. Utiliza muitas vezes uma viatura (jipe, mota ou barco) para se deslocar ao territórios de caça, pesca ou para até mesmo para acampar e quando lhe perguntamos se tem alguns conhecimentos de orientação, de primeiros-socorros  ou de sobrevivência,  muitos respondem que não é necessário pois possuem tecnologia para se orientarem ou comunicarem em caso de urgência.

Por vezes, a comunicação social relatam histórias de caçadores, de pescadores ou caminheiros que tiveram de sobreviver sem equipamento. A tecnologia falha por falta de bateria, avaria ou falha de comunicação porque o local é remoto. Após os mantimentos se terem esgotado, tiveram que apertar o cinto e tentar encontrar alimentos, enquanto esperavam por equipas de socorro.

O segundo tipo de indivíduo sabe que perder-se não acontece só aos outros, mas espera contudo que não lhe venha acontecer. Inscreveu-se num curso de técnicas de sobrevivência e coloca-se voluntariamente na situação adequada para testar os seus conhecimentos no terreno. Leva consigo um estojo de sobrevivência pessoal e um outro de primeiros-socorros, mesmo se o veiculo que o transporta possui um equipamento de sobrevivência, verifica se este se encontra no lugar adequado e toma conhecimento seu conteúdo. Em resumo, confia em si próprio, mas não nos outros. Este tipo de individuo aperfeiçoou geralmente a sua educação familiarizando-se com a orientação e o estudo das cartas, para ele, a utilização da bússola já não tem segredo. Consciente de que, no mato, os riscos de acidentes são muito elevados e se a doença poder surgir a qualquer momento, frequentou um curso de socorrismo e aprendeu a praticar a reanimação cárdio-respiratória.

Se parte sozinho, leva uma bagagem adequada que lhe permite ter todas as hipóteses de sucesso. Se foi acompanhado e o grupo se perdeu, tornar-se-á no homem providencial e, caso demonstre qualidades de liderança, será escolhido pelo companheiros como chefe de equipa. O seu papel tornar-se-á então mais difícil; terá de se mostrar firme nas suas decisões, imparcial em caso de desentendimentos e suficientemente flexível para aceitar as ideias de outros.

Morrer ou sobreviver depende de dois factores: a vontade de sobreviver a todo o custo e o conhecimento aprofundado das técnicas de sobrevivência.

Um bem aja.
Man in the Wild