A água

A água portável é um elemento essencial à vida. Na idade adulta, o corpo humano é composto por 75% de água, sendo esta percentagem ainda superior nas crianças.

Uma redução de 1% do volume total de água no corpo é perigosa e provoca uma variação no metabolismo. Uma carência em água provoca a desidratação, fenómeno muito grave, que pode conduzir à morte após um grande sofrimento. A morte por afogamento ou por inanição é suave em comparação com a morte provocada pela desidratação.

É possível viver durante vários dias sem ingerir alimentos, mas a falta de água, mesmo que seja só durante algumas horas, pode ser nefasta, sobretudo em período de grande calor, em que o corpo está a exposto aos raios de sol. As perdas de água são consideráveis quando o corpo transpira para arrefecer pelo método da evaporação. Para diminuir os efeitos dessas perdas de água, é preciso controlar a transpiração, vestindo roupas de cor clara e suficientemente amplas para deixar circular o ar. A cabeça é particularmente vulnerável à perda de água e deve de ser coberta por um lenço ligeiro e de cor clara. As roupas apertadas e de cor escura armazenam o calor, e, por conseguinte, devem de ser evitadas.

É também necessário consumir a maior quantidade de água possível, sem nunca limitar o seu consumo. Os lagos, os rios, as ribeiras, as fontes e os charcos são abundantes em muitas regiões do mundo; podemos igualmente recolher a água da chuva ou derreter neve ou gelo, se existir. Certas plantas também contêm este preciso liquido.

No que diz respeito à neve e ao gelo, é preferível derretê-lo antes de consumi-los para limitar a perda de calorias que o nosso organismo gasta ao derretê-los na boca.

A ingestão de água do mar é nociva e aumenta a sensação de sede. O sal drena o líquido dos rins e do intestino, provocando dores insuportáveis, convulsões, podendo até conduzir ao delírio. O problema é o mesmo com a urina, que contém quase tanto sal como a água do mar.

No entanto, o gelo formado com a água do mar torna-se mais suave se o derreter e gelar de novo. nesse caso, em vez de ficar com a cor cinzenta que tinha, torna-se azul. Podemos também extrair o sal da água do mar pelo processo de destilação.

Infelizmente, independentemente da sua proveniência, a água pode conter bactérias, vírus, e outros microorganismos susceptíveis de transmitir doenças graves ao homem, como a febre tifóide, a hepatite e a disenteria.

O tratamento da água encontrada no mato torna-se portanto indispensável. A água recolhida num pântano estagnado, que contém partículas sólidas e que exala mau cheiro, ou a água que contém larvas e mosquitos em grande quantidade pode eventualmente ser menos perigosa que uma água de aparência límpida e clara, mas contaminada a montante por um anima morto, cujo corpo putrefacto produz bactérias.

Existem vários métodos que permitem purificar a água, separando os elementos estranhos dos sãos, devolvendo à água uma limpidez aceitável pela destruição das bactérias prejudiciais. Dois tipos de tratamento são possíveis: a purificação por meios naturais e a purificação por meios químicos.

Um bem aja.
Man in the Wild